O que é a Volta à Estrela desde MBR?!
É simplesmente arrancar de Moimenta da Beira em bicicleta de manhã e chegar a Moimenta da Beira ao final do dia, visitando e passando pela Torre na Serra da Estrela
A ideia, o porquê, o propósito!
Em Agosto de 2013 combinei com um amigo
irmos de bicicleta desde Moimenta da Beira até à Torre (Serra da
Estrela) e aí vermos a chegada da etapa da Volta Portugal em
Bicicleta desse ano.
Iríamos de bicicleta e viríamos de
carro, já que a ideia era a Cristina sair de carro mais tarde para
nos “apanhar” algures perto de Seia. Teríamos nós somente de no
final da etapa fazer a descida ao encontro da Cristina.
Na véspera desse dia, enquanto grelhava
a carne para o jantar nas traseiras de casa e colocava a conversa em
dia com o Zé, a Cristina aparece e disse-nos que era com algum custo
que nos ia buscar, já que ia sozinha e acabava por ser aborrecido.
Sem pensar muito bem naquilo que disse, o Zé disparou, “não
te preocupes, nós vamos de bicicleta e voltamos!”. Se a saída
dele foi sem pensar, a minha saiu da mesma forma, “é isso mesmo,
conforme vamos, voltamos!”.
Breves instantes depois percebemos a
loucura que tínhamos ali criado em ideia, tornou-se então um
desafio de superação, desafio que preparado em cima da hora acabou
por se revelar uma verdadeira aventura de gente dura... e de pouco
juízo!
Depois de concluída tão inesperada
aventura (com 266 km e 4.434 m D+), fiquei sempre com aquela vontade
de repetir, mas de mês para mês, de ano para ano, foi preciso
chegar a Maio de 2016 para na companhia de outro amigo, não só
repetir, mas agravar um pouco mais a volta original!
21 de Maio, 6h30 da manhã e estou à
porta de casa à espera que o Castela chegue, iríamos os dois iniciar esta louca aventura!
Arrancámos de minha casa às 6h50,
rumo ao primeiro ponto de paragem, seriam 76 km até Freixedas, onde
numa modesta padaria de aldeia pudemos desfrutar de um Abatanado e de
uns fantásticos Pasteis de Feijão.
Aqueles 6 Pasteis de Feijão estavam
mesmo no ponto!
Com o estômago mais composto, seguimos
até à Sé Catedral da Guarda onde parámos para a fotografia da
praxe e daí seguimos para Manteigas, onde tínhamos uma esparguete
com bifes de frango reservada.
Desde Freixedas que o vento se fazia
sentir de forma pouco simpática, preferencialmente de frente e
intenso, pelo que os 139 km que tínhamos nas pernas em Manteigas já
pesavam qualquer “coisinha”.
De barriga (demasiadamente) cheia
seguimos pelo Vale Glaciar em busca do cimo da Serra da Estrela,
sempre com o vento intenso e de frente, o que não ajudava em nada
este duro percurso. Com paragem a meio da subida para reabastecer os
bidons de água, chegamos finalmente à desconfortável Torre.
Temperatura baixa, ainda a existência
de neve e um vento arrasador, fez-nos sair dali o mais rápido
possível.
Passando pelo Sabugueiro e Seia,
chegamos a um restaurante em Pinhanços.
Carregávamos já praticamente 200 km e
quase 80 faltavam até ao destino final! Aí comi uma excelente
Sandes de Presunto com Queijo da Serra, que completei com uma
generosa fatia de Bolo de Bolacha (pelas sobremesas que pudemos
comer, vale a pena ir a este Restaurante!)
Inicialmente previsto passarmos pela
Senhora da Lapa (Sernancelhe), decidimos desviar um pouco o trajeto
inicialmente pensado e ao destino chegamos com 276 km e 4.801 m D+.
Foi isto uma loucura?!
Sim, realmente foi, mas como o
classificar quando a 18 de Junho o repetir?!
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