Espero que seja esta a
ultima vez que começo uma crónica sobre um evento de BTT da
seguinte forma: “Depois de meio ano longe dos trilhos...”!
Disponibilizo também um
“filme” dos 3 dias de competição, que pode ser visto em
qualidade HD, a banda sonora é muito boa e que contém na sua parte
final também algumas fotografias!
Depois de meio ano longe dos
trilhos, regressei ao BTT em Portalegre!
O EPIC Portalegre (Extreme
Portalegre Internacional Challenge) é um evento composto por um
Prólogo e por 2 Etapas em linha, onde este ano o Prólogo ocorreu no
centro de Portalegre (Jardim Avenida da Liberdade e Jardim da
Corredoura), a 1ª Etapa ligou Castelo de Vide a Valência de
Alcântara (Espanha) e a 2ª Etapa teve o seu início e respetivo
término em Portalegre.
Este evento foi marcado
sobretudo pela temperatura extremamente elevada que fustigou Portugal
Continental, onde em pleno Alentejo se fez sentir de forma mais
intensa e impiedosa!
Fui para Portalegre com
alguns meses de pedalada em estrada, mas em que o treino mais sério
tinha apenas 1 mês de presença!
O objetivo neste evento
era... voltar ao BTT!
Reabituar o corpo aos
esforços inconstantes que esta modalidade obriga, recuperar alguma
da técnica perdida, divertir-me e aproveitar para passar alguns
dias a 2 num turismo rural bem sossegado.
Foi quase tudo muito bem
conseguido!
O Prólogo, com pouco mais
de 2km de extensão, era intenso, com muitas quebras de ritmo,
subidas lentas, descida de escadas, passagens em relva alta, uma zona
mais técnica com pedra solta e com a agravante de às 19h17, na
minha hora de partida, se fazerem sentir 31ºC com níveis de
humidade muito baixos!
A 2ª Etapa, com partida em
Castelo de Vide e chegada em Valência de Alcântara (Espanha), teve
uma extensão de quase 68 km (aqui contabilizado um engano já em
solo espanhol, onde propositadamente alteraram a localização das
fitas no trilho, lamentável esta atitude que continua a ocorrer com
muita frequência!) com um desnível vertical acumulado de 1.500
metros e com uma temperatura máxima registada foi de 37ºC!
Piso muitas vezes bastante irregular e com subidas de tal forma inclinadas, que tornaram o dia bastante duro, havendo alguns metros em que foi preciso desmontar e empurrar a bicicleta!
Piso muitas vezes bastante irregular e com subidas de tal forma inclinadas, que tornaram o dia bastante duro, havendo alguns metros em que foi preciso desmontar e empurrar a bicicleta!
Neste dia, a organização
esteve irrepreensível a nível de pontos de abastecimento líquido,
tendo falhado unicamente na melhor indicação / informação do
local dos banhos, tendo havido vários atletas completamente perdidos
à procura do respetivo lugar!
Apesar de ter direito ao
almoço, não almocei no local, pelo que não tenho como o comentar /
classificar.
A 3ª Etapa foi para mim o
terror dos terrores!
Com partida e chegada em Portalegre, teve uma extensão de 82 km, um desnível acumulado vertical de 2.300 metros, a temperatura máxima registada foi de 41ºC e onde à partida se faziam sentir já 29ºC!
Percurso com um início muito violento, os primeiros 3 km tiveram uns anormais 230 metros de desnível vertical acumulado, do km 31 ao km 50 não havia pontos de abastecimento liquido e onde se percorreram km sem fim de calçada medieval!
Com partida e chegada em Portalegre, teve uma extensão de 82 km, um desnível acumulado vertical de 2.300 metros, a temperatura máxima registada foi de 41ºC e onde à partida se faziam sentir já 29ºC!
Percurso com um início muito violento, os primeiros 3 km tiveram uns anormais 230 metros de desnível vertical acumulado, do km 31 ao km 50 não havia pontos de abastecimento liquido e onde se percorreram km sem fim de calçada medieval!
Houve zonas de percurso onde
a dificuldade técnica era de exigência bastante elevada e em que
senti também mais dificuldade pelos longos meses ausente destas
lides! Contudo, havia sem dúvida partes em que aos menos possuidores
de maior destreza técnica, os colocava em risco de lesões e em
zonas onde a assistência necessária podia ser um utopia...
Foi um dia em que houve
divertimento até aos 45km e que daí para a frente foi um autêntico
martírio! A falta de água levou a uma natural desidratação, as
imensas calçadas medievais levaram a um completo estado de quase
desespero, em que chegar à meta foi um real milagre!
O almoço servido num
restaurante local, foi... assim-assim (o lombo para me satisfazer tem
de ser confecionado de uma forma muito mais perfeita e a sobremesa
não pode recair na escolha de uma maçã ou uma laranja!)!
Foi um evento que apesar das
falhas no último dia, me leva a querer estar presente na próxima
edição, que se realiza de 1 a 3 de Setembro de 2017!
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