Aquele que seria mais um treininho sossegado, foi tudo, menos sossegado!
Na companhia de um amigo e colega de pedalada, Joaquim Soares, saí de Moimenta da Beira já depois das 15h30. O objectivo era completar a “A Volta do Douro” em 4h00, não que este fosse um bom tempo, mas apenas porque o treino precisava de ter essa extensão temporal.
Foi com o céu quase azul e com a temperatura a rondar os 28ºC que fui para a estrada, onde tinha pela frente 105km à minha espera, sem contar ainda como ia acabar!
Durante todos os quilómetros realizados, nunca tive a ajuda do meu parceiro da tarde, ou seja, nunca pude ir na sua roda. Nunca consegui poupar um pouco as pernas, principalmente nos desgastantes 19 km que são feitos junto ao Rio Douro, onde nunca pude deixar de pedalar, também contra o vento, e ainda ouvia os bons pedaços que o Quim ia “desengatado”…
Aos 55km, logo no primeiro km da longa subida que liga o Peso da Régua a Lamego, o Quim fura a roda da frente! O pneu, que parecia ter mingado, deu uma luta enorme, primeiro para desmontar e, depois de levar uma câmara de ar nova, para montar novamente. “Gastaram-se” 30 minutos, que nunca se pensou que pudessem mudar tanto o rumo dos acontecimentos futuros!
Ao chegar a Lamego dá-se o primeiro aviso, relâmpagos começam-se a avistar. Com receio do que possa estar para chegar, acelero o ritmo, o objectivo é passar ao lado de algo que se afigura “molhado”! Consegue-se evitar durante alguns quilómetros, mas aos 76km o melhor a fazer é aproveitar o obrigo da paragem de autocarros na localidade de Rossas. Aqui, já com um tecto improvisado, somos poupados a uma autêntica descarga de água! Passados uns 15/20 minutos, abranda a chuva e logo depois pára, aproveita-se este sossego vindo das carregadas nuvens para arrancar novamente, a estrada está completamente alagada, mas tem de ser, ali não se pode ficar. Percorridos mais 1000 metros, e deixada Rossas para trás, nova paragem forçada no Castanheiro do Ouro (Tarouca). Mais chuva, desta vez aproveito estar em frente a casa dos meus pais e logo após entrar no jardim, o abrigo é o alpendre que estava ali mesmo a jeito! Após medidos os prós e os contras e olhando também para o relógio e aos cerca de 27km que faltam até ao ponto de partida, a melhor decisão é tomada, carregar as bikes no veículo que está lá em casa sem nada para fazer e concluir o resto da viagem de carro! O pior de tudo foi o facto de após 6km realizados de carro, se vê que está tudo seco, a chuva deu lugar ao sol e facilmente se percebe que se não fosse a paragem forçada provocada pelo furo do Quim, nunca teria havido a necessidade de abortar o treino aos pouco mais de 77km realizados em cima da bike!
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