Mais uma etapa da Volta a Portugal em bicicleta com final na Senhora da Graça - Alto do Monte Farinha e mais uma vez fiz a ligação desde casa até à Sra. da Graça.
Desta vez a dificuldade foi um ‘pouco’ maior, não só pela condição física que continua ainda aquém do que era, mas essencialmente por ter realizado os 135 quilómetros com cerca de 2500 metros de desnível vertical acumulado ‘a solo’, ou seja, sem qualquer parceiro de pedal.
Também não posso nem devo esquecer de mencionar que a subida desde Mondim de Basto até ao topo do Monte Farinha foi brindada com uma temperatura muito próxima dos 40ºC (39,4ºC de média, registou o Edge 800 em tal sector do percurso)!
Sim, foi uma viagem em solitário!
Fazer este percurso sozinho é uma aventura engraçada! Tem vantagens! São horas em que apenas fui eu, a minha bike e o resto! O resto.., do resto aproveita-se tudo aquilo que os olhos veem, que a paisagem, seja apreciada uma ou mais vezes, é magnífica e vale todos os momentos!
Quanto à subida que move a fazer tal percurso, foi dura, muito dura de fazer!
Entrei nela já com o andamento mais leve (39x25) que possuo na Izalco e a lamentar-me por não ter optado por comprar uma cassete com pelo menos um carreto de 28 dentes, para usar pelo menos enquanto as pernas andam nesta condição…
Fui subindo no ritmo mais lento que conseguia, mas mesmo assim, percebia que o meu andamento mais leve era muito pesado, porque continuava a passar dezenas de outros ciclistas / cicloturistas, muitos deles com uma cadência superior em umas 10/15 ppp (pedaladas por minuto). Os músculos começavam a acumular muito ácido lácteo e a menos de 3 km do final da subida senti o primeiro avisa de alarme, as cãibras estavam logo ali ao “virar da esquina”! Fui aguentando e entretanto, ao aproximar-me de outro parceiro de subida, vejo que ele pedalava com uma só perna!
Naquele mesmo momento senti inadmissível que eu pudesse estar com dificuldades para completar tal objetivo e dessa forma ganhei a força suficiente para chegar lá “cima”, tirar a foto da praxe e descer, rumo ao restaurante onde me esperava mulher, filhas e sogro, que foram durante parte da manhã, o meu carro de apoio!
O resto do dia, foi desfrutar da companhia da família numa sombra, que o calor foi muito, e esperar que os verdadeiros ciclistas completassem a etapa!
Quanto ao dia de hoje, foi aproveitado pela manhã para uma voltinha de descompressão!
Nada de especial, foram apenas 57 km com 600 m D+ em ritmo calmo, para perceber o estado das pernas após o dia de ontem!
NB - Artigo escrito de acordo com o novo acordo ortográfico!
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